Muitos exames médicos ajudam a entender como está a saúde do corpo, mas você sabia que a medida do pescoço também pode trazer informações importantes?
A circunferência do pescoço tem sido estudada como um possível indicador de riscos relacionados ao metabolismo, ao coração e até à respiração durante o sono.
Não se trata de uma regra absoluta, mas de um sinal complementar que, aliado a outros exames, pode ajudar a identificar condições que merecem atenção.
Por que o tamanho do pescoço importa?
O acúmulo de gordura no corpo pode acontecer de maneiras diferentes em cada pessoa. No caso do pescoço, quando há um aumento de circunferência, isso pode indicar excesso de gordura na região superior do corpo, o que está relacionado a:
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Maior risco de doenças cardiovasculares
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Alterações metabólicas, como resistência à insulina
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Distúrbios respiratórios, incluindo a apneia do sono
Assim, medir o pescoço pode se tornar uma forma simples de identificar quem deve buscar acompanhamento médico para avaliar a saúde mais de perto.
Como é feita a medição do pescoço?
O procedimento é simples e pode ser feito com uma fita métrica:
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A medida deve ser feita na parte logo abaixo da laringe (o “pomo de Adão”).
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O pescoço deve estar reto e relaxado durante a medição.
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O resultado é avaliado em conjunto com outros indicadores, como índice de massa corporal (IMC) e circunferência abdominal.
Não existe um único valor considerado “ideal”, já que fatores como sexo, idade e biotipo influenciam. Porém, estudos indicam que uma circunferência maior que 37 cm em homens e 34 cm em mulheres pode estar associada a maiores riscos de alterações metabólicas.
Possíveis condições relacionadas ao pescoço mais largo
1. Apneia do sono
Pessoas com pescoço mais espesso podem ter maior chance de desenvolver apneia obstrutiva do sono, condição em que a respiração é interrompida durante a noite, prejudicando o descanso e aumentando o risco cardiovascular.
2. Doenças cardiovasculares
O acúmulo de gordura no pescoço está relacionado ao mesmo tipo de gordura abdominal que pode aumentar a pressão arterial e favorecer o entupimento das artérias.
3. Resistência à insulina
Estudos sugerem que um pescoço mais largo pode estar associado a alterações hormonais e metabólicas que dificultam o uso adequado da glicose pelo organismo, aumentando o risco de diabetes tipo 2.
Outros fatores que podem alterar o tamanho do pescoço
Nem sempre o pescoço mais largo é sinal de gordura ou risco à saúde. Existem outras condições que podem influenciar seu tamanho, como:
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Hipotireoidismo: pode causar inchaço na região do pescoço.
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Problemas linfáticos ou inflamatórios: aumentos temporários por infecções.
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Questões anatômicas e genéticas: algumas pessoas têm naturalmente pescoço mais largo ou mais fino, sem que isso represente um risco.
Por isso, a avaliação deve sempre ser feita por um profissional de saúde.
O que fazer se o seu pescoço parece mais largo?
Se você notou alterações na medida do pescoço ou se enquadra nos valores considerados de risco, é importante:
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Manter consultas médicas regulares
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Realizar exames de rotina, como perfil lipídico e glicemia
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Praticar atividade física regularmente
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Adotar uma alimentação equilibrada
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Evitar cigarro e excesso de álcool
Esses hábitos ajudam a reduzir riscos metabólicos e cardiovasculares, beneficiando não só o pescoço, mas a saúde geral.
O tamanho do pescoço, embora muitas vezes ignorado, pode oferecer pistas valiosas sobre a saúde. Ele não substitui exames médicos, mas pode ser um indicador complementar de condições como apneia do sono, resistência à insulina e risco cardiovascular.
👉 Dica final: se você perceber aumento na circunferência do pescoço, especialmente se acompanhado de sintomas como ronco intenso, cansaço excessivo ou ganho de peso, converse com seu médico. Cuidar desse detalhe pode ajudar na prevenção de problemas maiores.