O aneurisma cerebral é uma condição que desperta preocupação, e com razão — embora nem sempre apresente sintomas, ele pode causar complicações sérias se romper.
Por isso, entender o que é, por que acontece e como é tratado é fundamental para reconhecer sinais de alerta e buscar ajuda a tempo.
O que é um aneurisma cerebral
O aneurisma cerebral é uma dilatação anormal em uma artéria do cérebro.
Essa dilatação ocorre quando a parede do vaso sanguíneo enfraquece, formando uma espécie de “bolha” que pode aumentar de tamanho com o tempo.
Na maioria dos casos, o aneurisma não causa sintomas e é descoberto por acaso em exames de imagem.
No entanto, se ele se romper, pode provocar um acidente vascular cerebral hemorrágico (AVC) — uma emergência médica grave.
Causas e fatores de risco
Nem sempre é possível identificar uma única causa, mas alguns fatores aumentam o risco de desenvolver um aneurisma cerebral:
1. Fatores genéticos
Histórico familiar de aneurisma ou doenças que enfraquecem os vasos sanguíneos pode aumentar a predisposição.
2. Tabagismo
O cigarro é um dos principais fatores de risco, pois danifica as paredes das artérias e aumenta a pressão arterial.
3. Hipertensão arterial
A pressão alta constante força as paredes dos vasos, contribuindo para o surgimento de dilatações.
4. Consumo excessivo de álcool
O abuso de bebidas alcoólicas está associado a maior risco de ruptura do aneurisma.
5. Idade e sexo
O problema é mais comum em pessoas acima de 40 anos e ocorre com maior frequência em mulheres.
6. Traumas e infecções
Traumas cranianos, infecções e inflamações nos vasos também podem fragilizar as artérias cerebrais.
Sintomas do aneurisma cerebral
Na maioria das vezes, o aneurisma não apresenta sintomas até o momento da ruptura.
No entanto, alguns aneurismas maiores ou que comprimem estruturas próximas podem causar sinais de alerta.
Sintomas antes da ruptura:
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Dor de cabeça constante ou localizada;
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Visão dupla ou borrada;
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Dor acima ou atrás dos olhos;
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Queda de pálpebra;
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Dormência em parte do rosto;
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Dificuldade para falar ou entender palavras.
Sintomas após a ruptura (emergência médica):
Quando o aneurisma se rompe, causa uma hemorragia cerebral, e os sintomas surgem de forma súbita e intensa:
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Dor de cabeça muito forte e repentina (“a pior da vida”);
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Náuseas e vômitos;
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Rigidez no pescoço;
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Confusão mental;
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Perda de consciência;
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Crises convulsivas.
👉 Atenção: nesses casos, é fundamental procurar atendimento médico imediato. O socorro rápido pode salvar vidas.
Diagnóstico
O aneurisma cerebral é identificado por exames de imagem, como:
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Tomografia computadorizada (TC);
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Ressonância magnética (RM);
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Angiografia cerebral, que permite visualizar os vasos com mais precisão.
Muitas vezes, ele é descoberto de forma acidental, quando o paciente faz exames por outro motivo.
Tratamento do aneurisma cerebral
O tratamento depende do tamanho, localização e risco de ruptura do aneurisma, além do estado geral do paciente.
1. Acompanhamento médico
Aneurismas pequenos e estáveis podem ser apenas monitorados regularmente com exames e controle rigoroso da pressão arterial.
2. Cirurgia
Nos casos de risco maior, pode ser indicada uma intervenção cirúrgica. As principais opções são:
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Clipagem: o cirurgião coloca um pequeno clipe metálico na base do aneurisma para impedir a passagem de sangue.
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Embolização endovascular: um procedimento minimamente invasivo em que são inseridos microespirais (coils) dentro do aneurisma, bloqueando o fluxo de sangue.
3. Cuidados após o tratamento
O acompanhamento médico contínuo é essencial, com foco em:
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Controle da pressão arterial;
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Abandono do cigarro e álcool;
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Alimentação equilibrada;
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Atividade física leve e regular;
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Monitoramento por exames periódicos.
Como prevenir o aneurisma cerebral
Embora nem todos os casos possam ser evitados, manter hábitos saudáveis reduz significativamente o risco:
✅ Controle da pressão arterial;
✅ Redução do estresse;
✅ Não fumar;
✅ Evitar o consumo excessivo de álcool;
✅ Praticar exercícios regularmente;
✅ Fazer check-ups médicos.
O aneurisma cerebral é uma condição que exige atenção, mas nem sempre representa um risco imediato.
Em muitos casos, o diagnóstico precoce e o acompanhamento médico permitem um controle seguro e eficaz.
👉 Dica final: se você apresenta histórico familiar, hipertensão ou sintomas suspeitos, procure avaliação médica.
Cuidar da circulação e do equilíbrio da pressão é uma das formas mais importantes de proteger o cérebro.