Pare de confundir: Artrose, artrite e osteoporose – Entenda a diferenças de cada uma

Muitas pessoas acreditam que artrose, artrite e osteoporose são praticamente a mesma coisa — afinal, todas afetam ossos e articulações, certo?
Errado.
Apesar de estarem relacionadas ao sistema musculoesquelético, cada uma dessas condições tem origens, sintomas e impactos totalmente diferentes no corpo.

A seguir, entenda de forma clara e aprofundada o que distingue cada problema, como identificar seus sinais e por que é fundamental reconhecê-las precocemente.

ARTROSE (OSTEOARTRITE): O DESGASTE MECÂNICO DAS ARTICULAÇÕES

A artrose, também chamada de osteoartrite, é uma condição degenerativa, ou seja, está relacionada ao desgaste natural das articulações ao longo do tempo.
Ela acontece quando a cartilagem, o tecido que permite que os ossos se movam suavemente, começa a se deteriorar. Sem essa proteção, o atrito entre os ossos aumenta, gerando dor e limitação.

Por que acontece?

  • Envelhecimento natural

  • Esforços repetitivos no trabalho ou exercícios

  • Sobrepeso, que pressiona joelhos e quadris

  • Lesões antigas (entorses, fraturas, impactos)

  • Alterações anatômicas e fatores genéticos

Sintomas típicos da artrose

  • Dor que piora com o movimento e melhora com descanso

  • Rigidez matinal que dura poucos minutos

  • Estalos e rangidos

  • Inchaço leve

  • Diminuição do movimento

  • Deformidades em casos avançados

Resumo importante

A artrose é um desgaste mecânico, progressivo e geralmente lento. Não é uma inflamação ativa constante.

ARTRITE: A INFLAMAÇÃO ATIVA NA ARTICULAÇÃO

A artrite é uma condição em que a articulação fica inflamada. Havendo inflamação, existe dor, calor, vermelhidão e inchaço.
Ao contrário da artrose, que desgasta a cartilagem, a artrite pode afetar também tendões, ligamentos e até órgãos, dependendo da causa.

Principais tipos de artrite

  • Artrite reumatoide – doença autoimune

  • Artrite infecciosa – causada por vírus, bactérias ou fungos

  • Artrite psoriásica – relacionada à psoríase

  • Gota – excesso de ácido úrico acumulado nas articulações

Sintomas mais comuns

  • Dor mesmo em repouso

  • Inchaço evidente

  • Vermelhidão e calor no local

  • Rigidez que dura mais de 30 minutos ao acordar

  • Fadiga e mal-estar em alguns casos

  • Limitação dos movimentos

Resumo importante

A artrite é uma inflamação ativa, que pode surgir de forma repentina e gerar crises intensas.

OSTEOPOROSE: A FRAGILIDADE OCULTA DOS OSSOS

A osteoporose é totalmente diferente das duas anteriores.
Ela não afeta articulações, mas sim a densidade e a resistência dos ossos.
Com o tempo, os ossos ficam mais porosos, finos e frágeis, com grande risco de fraturas — mesmo em quedas simples ou pequenos impactos.

É uma doença silenciosa, e muitas vezes só é descoberta após a primeira fratura.

Principais causas e fatores de risco

  • Idade avançada

  • Menopausa (queda do estrogênio)

  • Baixa ingestão de cálcio

  • Falta de vitamina D (pouco sol)

  • Sedentarismo

  • Tabagismo e álcool

  • Histórico familiar

  • Uso prolongado de certos medicamentos (como corticoides)

Sintomas (quando aparecem)

  • Dor persistente na coluna

  • Perda de altura

  • Postura encurvada

  • Fraturas frequentes

Resumo importante

A osteoporose é uma doença silenciosa de perda óssea. Não causa inflamação, nem desgaste articular.

COMO DIFERENCIAR DE VEZ?

Condição Tipo de Problema Principais sintomas Onde afeta?
Artrose Desgaste mecânico Dor ao movimento, estalos, rigidez Cartilagem da articulação
Artrite Inflamação ativa Inchaço, calor, dor constante Articulações em geral
Osteoporose Fragilidade óssea Fraturas, dor na coluna, perda de altura Estrutura dos ossos

POR QUE É IMPORTANTE SABER A DIFERENÇA?

Porque o tratamento é totalmente diferente:

  • Artrose: fortalecimento muscular, fisioterapia, controle de peso, analgésicos.

  • Artrite: medicamentos anti-inflamatórios, imunomoduladores, tratamento da causa.

  • Osteoporose: cálcio, vitamina D, exercícios de impacto leve e medicamentos para fortalecer os ossos.

Confundir os termos pode atrapalhar o diagnóstico, atrasar o cuidado adequado e aumentar o risco de complicações.

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *