Psoríase: Conheça os 7 sinais mais frequentes e como é feito o cuidado da condição

A psoríase é uma condição dermatológica crônica que afeta milhões de pessoas no mundo. Embora não seja contagiosa, ainda é pouco compreendida, o que faz com que muitas pessoas confundam seus sinais com alergias, irritações pontuais ou ressecamento da pele. Identificar seus sintomas mais comuns e entender como funciona o acompanhamento adequado é fundamental para garantir qualidade de vida e bem-estar.

Este guia apresenta de forma clara e acessível os sinais mais frequentes da psoríase, fatores que podem influenciar no desenvolvimento das lesões e as abordagens terapêuticas que os profissionais de saúde costumam utilizar. O objetivo é informar e orientar, promovendo cuidado e consciência sem alarmismo.

O que é a psoríase?

A psoríase é uma condição inflamatória que altera a renovação das células da pele. Enquanto a pele saudável se renova em um ciclo contínuo, na psoríase esse processo ocorre de forma acelerada, resultando em acúmulo de células na superfície e formando placas avermelhadas, descamação e irritação.

Ela pode se manifestar em qualquer idade, mas é mais comum em adultos. Os fatores genéticos têm importância significativa, o que significa que pessoas com histórico familiar da condição têm maior predisposição. No entanto, a intensidade e a frequência das crises variam bastante entre indivíduos.

7 sinais mais comuns da psoríase

A seguir, os sintomas mais frequentes associados à psoríase. É importante lembrar que apenas um dermatologista pode confirmar o diagnóstico, já que diversas doenças de pele possuem sinais semelhantes.

1. Placas avermelhadas na pele

As placas são um dos sinais mais característicos da psoríase. Elas apresentam bordas definidas, coloração avermelhada e descamação na superfície. Costumam aparecer nos cotovelos, joelhos, couro cabeludo, costas e região lombar.

2. Descamação intensa

A descamação ocorre devido ao acúmulo de células que se renovam rapidamente. A intensidade pode variar de pessoa para pessoa. Em algumas, a pele solta pequenas escamas; em outras, descama de forma mais espessa.

3. Coceira e irritação

Embora nem todos sintam coceira, muitas pessoas relatam desconforto, sensação de ardência ou irritação nas áreas afetadas. Quando a pele fica muito seca, o incômodo pode aumentar.

4. Rachaduras na pele

A pele pode ficar ressecada e rachada devido ao processo inflamatório e à descamação. Algumas rachaduras podem ser superficiais; outras exigem mais cuidado para evitar infecções secundárias.

5. Alterações nas unhas

Unhas das mãos e dos pés também podem ser afetadas, apresentando ondulações, deformações, espessamento, mudança de cor ou queda parcial. Esse tipo de manifestação é conhecido como psoríase ungueal.

6. Lesões no couro cabeludo

A psoríase no couro cabeludo é bastante comum. Ela pode ser confundida com caspa, mas apresenta placas mais grossas e descamação persistente. Em casos mais intensos, pode se estender para a testa, nuca ou orelhas.

7. Sensação de pele repuxando

O ressecamento associado à inflamação pode gerar sensação de repuxamento, principalmente após banho quente ou quando se usa produtos inadequados para a pele.

Fatores que podem influenciar nas crises

A psoríase não tem uma única causa, mas alguns fatores podem desencadear ou intensificar as crises:

  • estresse físico ou emocional;

  • clima seco ou frio;

  • fricção ou lesões na pele;

  • infecções;

  • uso de certos medicamentos (avaliado caso a caso);

  • consumo elevado de álcool ou tabagismo;

  • alterações hormonais.

Identificar esses elementos ajuda a controlar a frequência das crises, sempre com orientação de um especialista.

Como é feito o tratamento da psoríase?

O tratamento é individualizado e orientado pelo dermatologista, levando em conta a gravidade, a área afetada e o estilo de vida da pessoa. Entre as abordagens mais utilizadas estão:

1. Tratamentos tópicos

Incluem cremes, pomadas e loções específicas que ajudam a reduzir inflamação, descamação e coceira. São geralmente a primeira linha de cuidado.

2. Fototerapia

Consiste na exposição controlada da pele à luz ultravioleta em ambiente clínico. É recomendada para casos moderados ou extensos.

3. Medicações orais

Podem ser prescritas quando a psoríase é mais intensa ou quando os tratamentos tópicos não são suficientes. A indicação depende exclusivamente do especialista.

4. Tratamentos imunológicos

Medicamentos modernos chamados biológicos podem ser usados em quadros específicos. Eles atuam reduzindo a resposta inflamatória do organismo.

Cuidados complementares

Além dos tratamentos médicos, algumas medidas ajudam a melhorar o conforto da pele:

  • manter a hidratação diária;

  • evitar banhos muito quentes;

  • usar sabonetes neutros;

  • não coçar as lesões;

  • reduzir estresse quando possível;

  • adotar hábitos mais saudáveis.

Quando procurar um dermatologista?

É recomendado buscar avaliação quando:

  • houver lesões persistentes;

  • placas aumentarem rapidamente;

  • houver dor, coceira intensa ou rachaduras profundas;

  • alterações nas unhas forem frequentes;

  • o desconforto afetar sua rotina.

Quanto mais cedo o acompanhamento começar, melhor o controle da condição.

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